O camarada se lança
candidato a um cargo político e já dispara: Políticos são ladrões, todos corruptos;
um bando de criminosos que se aproveitam do povo!
O tal honesto, ganha a
eleição e já se descobre que tinha conseguido um carguinho para a nova mulher
(sim, sempre que ganham um novo cargo também arranjam mulher nova); o carguinho
era no gabinete de um companheiro de sigla partidária, coisa que antes de ser
eleito o purista nunca admitiria.
Eles começam dizendo que, se
pudessem (!), se lançariam na política sem partido político, como se fossem os
super-homens da honestidade; alguns gostariam de ser comparado as “virgo
vestalis” romanas, tal a pureza que acreditam estar imbuídos.
Agora mais um vestal, que já
tinha as calças sujas da lama politiqueira, escorrega no lodaçal da imundície
que pavoneia àqueles que dizem que são o que não são.
Bateu na mulher e apresenta
desculpas tão esfarrapadas que até sertanejo não consegue engolir.
Poderia pelo menos ter
solicitado à mulher que criasse o benefício da dúvida, e a recompensasse por
tal atitude benemerente.
De dois episódios semelhantes
chego à conclusão que dupla sertaneja está mais afinada do que senador da
ré-pública.
E o eleitor que crie
vergonha do voto jogado na lama e faça um “mea culpa”, começando já no pleito
de 2018 a limpeza necessária, expurgando dos cargos políticos homens sem
conhecimento, sem formação, sem caráter, sem liderança; aproveitadores da boa
fé do cidadão e enganadores da população.
Para ser um bom político não
é suficiente ser conhecido do público por este ou aquele trabalho, ou amplamente
ovacionado pela mídia; não basta a fama trazida por uma determinada profissão.
É necessário altruísmo, engajamento, determinação, rigor, conhecimento jurídico
e da ciência política; formação acadêmica para não falar e fazer bobagens; formação
e atitude humana. Educação ética e moral, além de uma boa dose de “franciscanismo”,
para acabar de vez com a “locupletação” e os nababescos desperdícios com o
dinheiro público.
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