segunda-feira, 7 de junho de 2010

CASTRAÇÃO QUÍMICA

Na 52ª Legislatura, quando o Deputado João Paulo Cunha ainda estava na Presidência da mesa diretora da Câmara, propus um Projeto de Lei que foi considerado polêmico; primeiro pelos meios de comunicação e, logo a seguir, por parte de alguns colegas deputados.

Naquele Projeto, exaustivamente trabalhado após vários anos de pesquisa, minha proposta era utilizar a Lei para coibir os crimes seguidos de morte, através do transplante compulsório de órgãos, que somente seria feito em assassinos confessos, que tivessem cometidos dois ou mais assassinatos e o processo tivesse transitado em julgado.

Quase fui crucificado pelos chamados “formadores de opinião”, que utilizam os meios de comunicação para cumprirem as ordens do “sistema”, comandado por seus chefes, e para lambuzarem-se de asneiras e pontos de vista sectários estufando seus egos.

Pois agora um novo Projeto de Lei tramita nas Comissões do Congresso Nacional, com o intuito de coibir outro crime hediondo, e que, pelo que esta parecendo, somente agora as autoridades está se dando conta da necessidade de coibi-lo com veemência. Trata-se da pedofilia e que, como não poderia deixar de ser, já foi apelidado de polêmico.

Quando as gazelas dos meios de comunicação nada mais têm a fazer, e parece que nunca têm, passam a se intrometer no trabalho daqueles que têm obrigações a cumprir.

O Projeto de Lei que prevê a Castração Química de pedófilos ainda é brando, pois prevê que o criminoso concorde com o tratamento, que seria a base de medicamentos que diminuiriam o desejo sexual; com isso sua pena prisional seria diminuída. Brando, muito brando, e mesmo assim as libélulas não economizam protestos, críticas e manipulações para que mais um Projeto de Lei, necessário para coibir a criminalidade, caia na vala comum daquilo que pejorativamente chamam de ridículos.

Enquanto o Legislativo estiver a reboque dos meios de comunicação e os candidatos a deputado federal necessitarem dos favores da mídia para se elegerem, continuarão sempre os mesmos no Congresso Nacional, e aqueles raros eleitos em cochiladas do sistema nada farão a não ser ganhar de presente calúnias, processos arranjados pelos detratores e uma infinidade de dores de cabeça que não mais os encorajarão a voltarem para a disputa eleitoral. Assim, permanecem sempre as raposas velhas no comando político do legislativo brasileiro e a possibilidade de Leis rigorosas continuarão com a pecha de polêmicas e sendo ridicularizadas por parte das marionetes do sistema.