quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

À MEUS LEITORES


sábado, 21 de dezembro de 2013

Barbosa não cai nos dois truques de Haddad.

Pois é… O ministro Joaquim Barbosa não caiu no truque do prefeito Fernando Haddad e manteve a liminar do Tribunal de Justiça, que suspendeu o reajuste do IPTU. Truque? Talvez a palavra deva ser empregada no plural. Há pelo menos dois: na forma e no mérito. Comecemos pela forma. Os “especialistas em comunicação” de Haddad — acho que é o caso de botar todo mundo na rua, Supercoxinha! — acharam que uma boa ideia de condicionar a decisão do ministro era submetê-lo ao descrédito prévio. Anunciaram para a plateia que a Prefeitura só havia inicialmente recorrido ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) porque o alcaide não confiava em Barbosa e achava que ele pudesse decidir contra a derrubada da liminar. A estratégia, tosca, era a seguinte: “Quando a gente anunciar que considera o ministro suspeito, ele vai se intimidar e, para mostrar que é isento, vai derrubar a liminar”. Não deu certo!
Uma nota: o PT vive fazendo isso com a imprensa. Querem saber? Quase sempre funciona! Eles acusam os veículos de comunicação de serem tucanos, conservadores, de direita, antipetistas (escolham aí…). Para demonstrar que eles estão errados, esses veículos acabam adernando o noticiário de dois modos: a) com matérias simpáticas ao PT; b) com reportagens que, muitas vezes, exageram os problemas dos adversários do petismo.
Trata-se de tolice e perda de tempo. Sabem por quê? Os tribunais petistas que julgam jornalistas e veículos jamais estão contentes. Pedem sempre mais. Ainda que o noticiário lhes seja positivo, dirão sempre o contrário. Felizmente, Barbosa não caiu na conversa. Creio que os petistas já o demonizaram o bastante por causa do processo do mensalão. Segundo um deputado negro do PT, Joaquim Barbosa deve ter cassada até a negritude. Para o valente, um negro que condena mensaleiros estaria atuando contra a cor de sua pele. Os petistas já chegaram longe demais com Barbosa, certo? Não seria um truquezinho simplista como o de Haddad a surtir efeito.
O segundo truqueAgora vamos ao mérito. A Prefeitura pede a suspensão da liminar alegando que a cidade corre riscos imediatos, que áreas essenciais serão prejudicadas. Sustenta que mais de R$ 800 milhões serão cortados do social. Como, nessa perspectiva, a Prefeitura não teria recursos para fazer a contrapartida de projetos federais, isso poderia significar uma perda para a área social de R$ 4,5 bilhões. No país da contabilidade criativa de Guido Mantega, temos a matemática criativa de Haddad.
Obviamente se trata de um exagero. Em sua página na Internet, o vereador Andrea Matarazzo (PSDB) exibe alguns números muito significativos. Sim, ele é da oposição e votou contra o reajuste do IPTU. Todo mundo sabe. Mas pergunto: isso muda os números?
Haddad anunciou que, sem o IPTU, fará o seguintes cortes na área social:
Educação - R$ 249,86 milhões
Saúde - R$ 146,128 milhões
Limpeza pública - R$ 40 milhões
SUBTOTAL - R$ 435,988 milhões
Cortes em outras áreas (Secretarias de Governo, de Infraestrutura, dívida etc.) - R$ 369,686 milhões
TOTAL - R$ 805,624 milhões
Será mesmo necessário passar esse facão na área social? O governo de um partido que se diz socialista, diante da primeira dificuldade, avança justo em educação, saúde e limpeza pública? Matarazzo faz a seguinte sugestão ao prefeito, com base no orçamento aprovado.
- Publicações de interesse do município - R$ 34,758 milhões
(de um total de R$ 90 milhões previstos para 2014)
- Construção, aquisição e reformas de sedes administrativas – R$ 30 milhões
(de um total de R$ 30 milhões previstos para 2014)
- Promoção de campanhas e eventos de interesse do município - R$ 116,23 milhões
(de um total de R$ 116,23 milhões previstos para 2014)
- Desenvolvimento de sistemas de informação e comunicação - R$ 20 milhões
(de um total de R$ 40 milhões previstos para 2014)
Manutenção de sistemas de informação e comunicação - R$ 55 milhões
(de um total de R$ 69,4 milhões previstos para 2014)
Aumento de capital da SP-Securitização - R$ 150 milhões
(de um total de R$ 150 milhões previstos para 2014)
Modernização e manut. Central de atendimento telefônico -156 – R$ 30 milhões
(de um total de R$ 60 milhões previstos para 2014)
SUBTOTAL - R$ 435,988 milhões
Cortes em outras áreas (Secretarias de Governo, de Infraestrutura, dívida etc.) - R$ 369,686 milhões
TOTAL - R$ 805,624 milhões
E pronto! Deu para chegar aos mesmos R$ 805,624 milhões. E sem abandonar os doentes e as criancinhas, não é? É bem verdade que os socialistas, historicamente, nunca deram muita atenção nem para uns nem para outros. Essa história de que as esquerdas prezam o social é uma das mais espetaculares falácias influentes. Notem os leitores: Matarazzo faz sugestões de cortes que me parecem razoáveis. Vá lá… Que não sejam essas, mas outras. Uma coisa é certa: dá para tirar a gordura de outras áreas da administração sem precisar punir os mais fracos. E a Justiça sabe disso.
De resto, nota o vereador: “É relevante ressaltar a fraca execução orçamentária dos primeiros onze meses da gestão do prefeito Fernando Haddad (PT). Por exemplo, apenas 31% dos recursos destinados a investimentos na cidade foram utilizados. De R$ 6,2 bilhões que havia para investir, somente R$ 1,9 bilhão foi executado até novembro de 2013. Essa baixa execução, aliada à boa arrecadação durante o ano, com as receitas correntes, estão provocando acúmulo de dinheiro em caixa. O município começou o ano com caixa de aproximadamente R$ 5,5 bilhões. Este montante, em novembro, girava em torno de R$ 9 bilhões.”
Eis aí! Os números acima evidenciam que a dita urgência e risco de prejuízo social caso a liminar não fosse cassada não passavam de conversa mole, de terrorismo “midiático” (como “eles” gostam de dizer). E olhem que, na lista acima, não está a verba de propaganda propriamente. Vou ver quanto é. Um prefeito que realmente fosse amante do povo, seria capaz de zerar o dinheiro da publicidade, mas jamais puniria criancinhas, não é mesmo?
Haddad só está tentando requentar o discurso surrado de Lula, segundo quem o caos na saúde se deve ao fim da CPMF. Ele ficou cinco anos com o dinheiro do imposto. E fabricou o… caos! Essa história não cola mais, prefeito. Lula já a explorou até o osso.
Por Reinaldo Azevedo

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

MARACUTAIAS DO MENSALÃO

Ministro Presidente do Supremo Joaquim Barbosa
Que o Ministro que preside o STJ tem sido um fanfarrão, não se discute; que deve ter contas a acertar em função das alardeadas compras de apto em Miami e outros bens, é provável; que tem o poder de livrar e condenar quem quer que seja (se convencer aos demais membros do Supremo) é óbvio! Que os membros do PSDB nada têm de éticos, ninguém se arrisca a contestar; que existem "mensalões" em todas as maracutaias políticas, basta investigarem; que Aécio não é Santo, Azeredo nem se fala, Serra esta na lista e Collor é patológico, impossível negar! Mas disso tudo concluir ou induzir a que Zé Dirceu & cia sejam inocentes... tenham a santa paciência! 

Nem Gandra, admirável jurista, absolveria tamanho falastrão pelo simples fato de que a prova material está no bolso de cada um dos condenados no processo alcunhado de mensalão. 

Entrada do Condomínio onde Zé Dirceu possui mansão
Ou por acaso alguém acredita que se consegue enriquecer meramente com o salário oriundo de um cargo político? Qual a profissão de Zé Dirceu que lhe deu aposentadoria que não fosse a Câmara? De onde então tem saído o dinheiro para a construção de atual mansão em Campinas? (vamos ficar somente neste caso pois senão o escândalo é incomensurável). Nem vamos falar de Lula, aposentado como torneiro mecânico e atualmente usufruindo as aposentadorias cumulativas de ex-presidente, ex-terrorista ou ex-guerrilheiro, como queiram. 

E o filho de Lula? Ex-vigilante do Zoológico de São Paulo; logo a seguir, quando o pai foi eleito, transformaram o cargo denominando-o de técnico em zootecnia. Atualmente é bilionário (sim, pois já chegou ao patamar do bilhão seus bens declarados); segundo o pai por conta da sua "inteligência". 

Nem PSDB, nem PT nem qualquer "P". A maracutaia é grande e pela internet fala-se muito sem conhecer os meandros dessa politicalha imunda. Em qualquer município, por menor que seja, existe a lei de Gerson e muita gente tira vantagem; menos o povinho miúdo que vota por indução. E mesmo esse povinho miúdo é também voltado a lei de Gerson, basta oferecer uma propina, por mais rasteira que seja, para aceitarem. É raríssimo o homem de bom senso! 

Ilha da Fantasia
E QUEM SE ATREVER A IR CONTRA ESSA REGRA POLÍTICA, MESMO SENDO POLÍTICO, ESTA CONDENADO À TAMBÉM IR PARA A BOCA IMUNDA DA MENTIRA, DA CALÚNIA, DA INTRIGA E SE VER EM MEIO A PROCESSOS QUE SE DESENROLAM "SEM PROVAS", SEM FUNDAMENTO E SEM CONTEÚDO JURÍDICO PARA TRAMITAR. 

Mas, essa é a regra política! Quem entra sai molhado, chamuscado, esfarrapado. Tudo isso para que os verdadeiros larápios possam ter atenuantes para seus atos. Esses larápios estão em todas as esferas do poder, e o judiciário (com "j" minúsculo) não esta imune. 

Sobre Zé Dirceu, o que o condenou não foi o roubo, o mensalão, as maracutaias que fez e faz; sua condenação foi por conta do orgulho, do ego, da pomposidade e da petulância. 

Quando advertido por Roberto Jefferson sobre a sacanagem nos correios, não deu ouvidos e mandou Jefferson "se ferrar". Recebeu, em seguida, advertência: "Zé eu saio, mas você não fica". Vejam vocês que os sacanas se ferraram porque um e outro acreditava-se mais sacana. Chegou ao ponto em que Roberto Jefferson afirmou: "Já sublimei este mandato! Mas o Zé vai cair de lá" (ministério). 

Caiu do Ministério, perdeu o mandato na Câmara e foi condenado pela justiça. Um serviço à nação, feito por acaso, através de uma briga entre larápios petulantes. A petulância os cassou e os condenou! Jefferson muito mais, seu ódio corroeu-lhe as entranhas e a condenação a que foi submetido é fatal.

Mesmo com todos esses escândalos e seus resultados o povo não obteve qualquer benefício, suas vísceras são corroídas por conta da ignorância imposta àqueles que se deixam amealhar como à incautos.

O Brasil não ganhou; continua sendo dessangrado! 

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

CARTA ABERTA ÀS FORÇAS ARMADAS BRASILEIRAS

Prezados senhores Oficiais Superiores.

Eu, Cidadão Brasileiro, criado por Oficial da Marinha de Guerra do Brasil (ex-combatente da II Guerra, condecorado com medalha de Guerra), ESTOU PROFUNDAMENTE DECEPCIONADO com os Senhores.

Em 1964, quando o Brasil se encontrava na beira do abismo, prestes a cair nas mãos do Comunismo, da baderna generalizada, os Srs. se apresentaram e nos devolveram um país democratizado, estável, a salvo de ter se tornado uma Republiqueta de Bananas dominado por Narco Ditadores, ou por oligarquias pseudo-socialistas, como ocorreu em boa parte da América Latina. Teríamos nos tornado uma gigantesca Cuba, ou uma Venezuela, ou mesmo uma Bolívia, não fossem os Srs.

No Poder, mal assessorados, os Srs. cometeram graves erros, como o de suprimir a voz da opinião pública, ao temor de que essa vocalizasse as intenções dos terroristas vermelhos, os mesmos que os Srs. falharam em manter presos, aliás, libertando-os em troca de diplomatas sequestrados, o que foi um GRANDE erro, pois hoje, vários deles estão no Poder.

Hoje, os Srs. assistem calados, tímidos, de cabeça baixa, o Brasil dominado por um simulacro de Democracia, onde um único PODER, o PT, suprimiu os demais. No Executivo, uma genial estratégia de compra de votos com cestas básicas - O BOLSA FAMÍLIA - mantém na miséria absoluta MAIS DE QUARENTA MILHÕES DE BRASILEIROS, encurralados em currais e bolsões no norte e nordeste, onde o Governo jogou sal na terra e não permite que nada cresça, previne o crescimento econômico, deixando QUARENTA MILHÕES entre a opção de passar fome ou de trocar seu voto por um carrinho de compras.

No Legislativo, somos hoje governados por leis sabidamente votadas e aprovadas por VOTOS COMPRADOS, no esquema do MENSALÃO.

Todos admitem a existência do esquema de VOTOS DO MENSALÃO, mas ninguém cogitou de ANULAR as leis que foram aprovadas com a compra de votos, fruto de corrupção e não do desejo de legítimos representantes do povo.

No JUDICIÁRIO, depois de alcançar a maioria de MINISTROS por eles indicados, o PT promove a histórica façanha de ANULAR o SOBERANO julgamento do STF, promovendo UM NOVO JULGAMENTO daquilo que já havia sido SOBERANAMENTE DECIDIDO, pondo fim à segurança jurídica e à esperança de que a corrupção na alta cúpula dos três Poderes possa ser freada.

Congressistas condenados por corrupção TRANSITAM LIVREMENTE pelas ruas e pelos corredores do PODER e VOTAM AS LEIS QUE NOS GOVERNAM.

Impondo vergonhoso arrocho salarial aos servidores públicos, civis e militares, o atual sistema político reduz à quase miséria todo o Serviço Público, humilhando-o, quando à espera de sua vez de também receber um BOLSA QUALQUER COISA.

Obras faraônicas para a COPA DO MUNDO sangram bilhões dos cofres públicos, enquanto cada vez mais leitos de hospitais são fechados e o povo brasileiro morre nas portas e corredores dos hospitais. Mas isso talvez não lhes interesse, pois os Srs. AINDA (em breve, o PT vai lher tirar isso) hospitais militares, de boa qualidade. Eu sei disso, pois, afinal, sou filho de militar.

ENFIM, CHEGAMOS AO PONTO DE INSTITUCIONALIZAR-SE A REMESSA DE DIVISAS BRASILEIRAS PARA CUBA, ALIMENTANDO O ODIOSO SISTEMA DITATORIAL, PSEUDO-SOCIALISTA DO NÃO MENOS ODIOSO FIDEL CASTRO. PELO PROGRAMA "MAIS MÉDICOS" (COMO ESSA CORRUPTOCRACIA ADORA DAR BELOS NOMES A SEUS GOLPES) TRAZ MILHARES DE PESSOAS DE BRANCO, ESCRAVOS DA DITADURA CUBANA, PRA TRABALHEM POR SETECENTOS REAIS, ENQUANTO NOVE MIL E TREZENTOS REIAS POR CABEÇAS SÃO LAVADOS E TRAFICADOS PARA CUBA, PRA FINANCIAR SABE-SE LÁ O QUE. POR ISSO, EM BOA HORA, A DEMOCRACIA AMERICANA JÁ SE ACAUTELA EM OBTER INFORMAÇÕES, ENQUANTO OS SENHORES, CABEÇAS BAIXAS, BATEM CONTINÊNCIA A TUDO ISSO.

ESTOU TRISTE, MUITO TRISTE E MUITO DECEPCIONADO COM OS SENHORES. AGRADEÇO A DEUS POR TER LEVADO MEU PAI EM 2001, POUPANDO-O DE ASSISTIR A VERGONHOSA TIMIDEZ DOS SRS. DIANTE DA CORRUPTOCRACIA QUE DOMINOU AQUILO QUE OUTRORA CHAMÁVAMOS DE BRASIL."
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Esta Carta foi escrita pelo Dr. Davy Lincoln Rocha - Procurador da República, em Joinville, postada no Facebook, nesta data.

domingo, 1 de dezembro de 2013

ELAS ESTÃO NO COMANDO!

Fardadas e de fuzil na mão, as mulheres podem passar despercebidas no meio de uma tropa, embora estejam conquistando cada vez mais espaço dentro das Forças Armadas em diferentes países do mundo.

Em países como Alemanha, Canadá, Dinamarca, Estados Unidos, Finlândia, Israel, Noruega, Nova Zelândia, Suécia e Suíça, por exemplo, elas podem participar, inclusive, da linha de frente dos combates. No Brasil, só podem ser combatentes, por enquanto, as mulheres pilotos de caça da Força Aérea Brasileira (FAB), como é o caso da tenente-aviadora Daniele Lins, segunda na galeria de fotos abaixo.
Só nos Estado Unidos, entre 2003 e 2009, mais de 200 mil mulheres serviram no Oriente Médio, principalmente no Iraque. Entre elas, cerca de 600 ficaram feridas e pouco mais de 100 morreram em combate. Na França, de acordo uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Defesa, entre os cerca de 340 mil soldados no país, há mais de 50 mil mulheres.
Um email que circula na internet mostra militares de diversos países com seus respectivos uniformes.
As bonitas fotos que selecionamos, entretanto, não mostram um dado alarmante: elas continuam sofrendo preconceito dentro das Forças Armadas e os casos de estupro são freqüentes. Por exemplo: cerca de 3 mil militares norte-americanas sofreram violência sexual em 2008, 9% a mais do que no ano anterior. Dentre as que estavam servindo no Iraque e no Afeganistão, o número subiu para 25%.
Em 2009, segundo dados do Exército americano divulgados pelo site da BBC, 30% das mulheres foram estupradas durante o serviço militar, 71% foram vítimas de violência sexual e 90% de assédio sexual.
Isso sem consideram os casos não divulgados. Um relatório do Government Accountability Office, organismo investigativo do Congresso dos EUA, concluiu que 90% das agressões sexuais não são notificadas, na maioria dos casos, devido ao receio das vítimas de serem perseguidas.

Áustria

Brasil

Coreia do Sul

Estados Unidos

Finlândia

Grécia

Indonésia

Irã

Israel

Nepal

Noruega

Polônia

Reino Unido

República Checa

Sérvia

Suécia

Turquia

terça-feira, 29 de outubro de 2013

GENERAL RESPONDE

Resposta do General Torres de Melo à carta da jornalista.

À Senhora Jornalista Miriam Leitão

    Li o seu artigo "ENQUANTO ISSO", com todo cuidado possível. Senti, em suas linhas, que a senhora procura mostrar que os MILITARES BRASILEIROS de HOJE, são bem diferentes dos MILITARES BRASILEIROS de ONTEM. Penso que esse é o ponto central de sua tese. Para criar credibilidade nas suas afirmativas, a senhora escreveu: "houve um tempo em que a interpretação dos militares brasileiros sobre LEI E ORDEM era rasgar as leis e ferir a ordem. Hoje em dia, eles demonstram com convicção terem aprendido o que não podem fazer"

Permita-me discordar dessa afirmativa de vez que vejo nela uma injustiça, pois fiz parte dos MILITARES DE ONTEM e nunca vi os meus camaradas militares rasgarem leis e ferir a ordem. Nem ontem nem hoje. Vou demonstrar a minha tese:
    No Império, as LEIS E A ORDEM foram rasgadas no Pará, Ceará, Minas, Rio, São Paulo e Rio Grande do Sul pelas paixões políticas da época. AS LEIS E A ORDEM foram restabelecidas pelo Grande Pacificador do Império, um Militar de Ontem, o Duque de Caxias, que com sua ação manteve a Unidade Nacional. Não rasgamos as leis nem ferimos a ordem. Pelo contrário.
     Vem a queda do Império e a República. Pelo que sei, e a História registra,   foram políticos que acabaram envolvendo os velhos Marechais Deodoro e Floriano nas lides políticas. A política dos governadores criando as oligarquias regionais, não foi obra dos Militares de Ontem, quando as leis e a ordem foram rasgadas e feridas pelos donos do Poder, razão maior das revoltas dos tenentes da década de 20, que sonhavam com um Brasil mais democrático e justo. Os Militares de Ontem ficaram ao lado da lei e da Ordem. Lembro à nobre jornalista que foram os civis políticos que fizeram a revolução de 30, apoiados, contudo, pelos tenentes revolucionários, menos Prestes, que abraçou o comunismo russo.
     Veio a época getuliana, que, aos poucos, foi afastando os tenentes das decisões políticas. A revolução Paulista não foi feita pelos Militares de Ontem   e sim pelos políticos paulistas que não aceitavam a ditadura de Vargas. Não foram os Militares de Ontem que fizeram a revolução de 35 (senão alguns, levados por civis a se converterem para a ideologia vermelha, mas logo combatidos e derrotados pelos verdadeiros Militares de Ontem); nem fizeram a revolta de 38; nem  deram o golpe de 37. Penso que a senhora, dentro de seu espírito de justiça, há de concordar comigo que foram as velhas raposas GETÚLIO - CHICO CAMPOS - OSWALDO ARANHA e os chefetes que estavam nos governos dos Estados, que aceitaram o golpe de 37. Não coloque a culpa nos Militares de Ontem.
     Veio a segunda guerra mundial. O Nazismo e o Fascismo tentam dominar o mundo. Assistimos ao primeiro choque da hipocrisia da esquerda. A senhora deve ter lido - pois àquela época não seria nascida -, sobre o acordo da Alemanha e a URSS para dividirem a pobre Polônia e os sindicatos comunistas do mundo ocidental fazendo greves contra os seus próprios países a favor da Alemanha por imposição da URSS e a mudança de posição quando a "Santa URSS" foi invadida por Hitler. O Brasil ficou em cima de muro até que nossos navios (35) foram afundados. Era a guerra, a FEB e seu término. Getúlio - o ditador - caiu e vieram as eleições. As Forças Armadas foram   chamadas a intervir para evitar o pior. Foram os políticos que pressionaram os Militares de Ontem para manter a ordem. Não rasgamos as leis nem ferimos a ordem. Chamou-se o Presidente do Supremo Tribunal Federal para, como Presidente, governar a transição. Não se impôs MILITAR algum.
     O mundo dividiu-se em dois. O lado democrático, chamado pelos comunistas de imperialistas, e o lado comunista com as suas ditaduras cruéis e seus celebres julgamentos "democráticos". Prefiro o primeiro e tenho certeza de que a senhora, também. No lado ocidental não se tinham os GULAGs.
     O período Dutra (ESCOLHIDO PELOS CIVIS E ELEITO PELO VOTO DIRETO DO POVO) teve seus erros - NUNCA CONTRA A LEI E A ORDEM - e virtudes como toda obra humana. A colocação do Partido Comunista na ilegalidade foi uma obra do Congresso Nacional por inabilidade do próprio Carlos Prestes, que declarou ficar ao lado da URSS e não do Brasil em caso de guerra entre os dois países. Dutra vivia com o "livrinho" (a Constituição) na mão, pois os políticos, nas suas ambições, queriam intervenções em alguns Estados, inclusive em São Paulo. A senhora deve ter lido isso, pois há vasta literatura sobre a História daqueles idos.
     Novo período de Getúlio Vargas. Ele já não tinha mais o vigor dos anos trinta. Quem leu CHATÔ, SAMUEL WEINER (a senhora leu?) sente que os   falsos amigos de Getúlio o levaram à desgraça. Os Militares de Ontem não se envolveram no caso, senão para investigar os crimes que vinham sendo cometidos sem apuração pela Polícia; nem rasgaram leis nem feriram a ordem.
       Eram os políticos que se digladiavam e procuravam nos colocar como fiéis da balança. O seu suicídio foi uma tragédia nacional, mas não foram os Militares de Ontem os responsáveis pela grande desgraça.
     A senhora permita-me ir resumindo para não ficar longo. Veio Juscelino e as Forças Armadas garantiram a posse, mesmo com pequenas divergências. Eram os políticos que queriam rasgar as leis e ferir a ordem e não os Militares de Ontem. Nessa época, há o segundo grande choque da esquerda. No XX Congresso do Partido Comunista da URSS (1956) Kruchov coloca a nu a desgraça do stalinismo na URSS. Os intelectuais esquerdistas   ficam sem rumo.
 Juscelino chega ao fim e seu candidato perde para o senhor Jânio Quadros. Esperança da vassoura. Desastre total. Não foram os Militares de Ontem que rasgaram a lei e feriram a ordem. Quem declarou vago o cargo de Presidente foi o Congresso Nacional. A Nação ficou ao Deus dará. Ameaça de guerra civil e os políticos tocando fogo no País e as Forças Armadas divididas pelas paixões políticas, disseminadas pelas "vivandeiras dos quartéis" como muito bem alcunhou Castello.
     Parlamentarismo, volta ao presidencialismo, aumento das paixões políticas, Prestes indo até Moscou afirmando que já estavam no governo, faltando-lhes apenas o Poder. Os militares calados e o chefe do Estado Maior do Exército (Castello) recomendando que a cadeia de comando deveria ser mantida de qualquer maneira. A indisciplina chegando e incentivada dentro dos Quartéis, não pelos Militares de Ontem e sim pelos políticos de esquerda; e as vivandeiras tentando colocar o Exército na luta política.
      Revoltas de Polícias Militares, revolta de sargentos em Brasília, indisciplina na Marinha, comícios da Central e do Automóvel Clube representavam a desordem e o caos contra a LEI e a ORDEM. Lacerda, Ademar de Barros, Magalhães Pinto e outros governadores e políticos (todos civis)incentivavam o povo à revolta. As marchas com Deus, pela Família e pela Liberdade (promovidas por mulheres) representavam a angústia do País. Todo esse clima não foi produzido pelos MILITARES DE ONTEM. Eles, contudo, sempre à escuta dos apelos do povo, pois ELES são o povo em armas, para garantir as Leis e a Ordem.
     Minas desce. Liderança primeira de civil; era Magalhães Pinto. Era a contra-revolução que se impunha para evitar que o Brasil soçobrasse ao comunismo. O governador Miguel Arraes declarava em Recife, nas vésperas de 31 de março: haverá golpe. Não sabemos se deles ou nosso. Não vamos ser hipócritas. A senhora, inteligente como é, deve ter lido muitos livros que reportam   a luta política daquela época (exemplos: A Revolução Impossível de Luis Mir - Combates nas Trevas de Jacob Gorender - Camaradas de William Waack - etc) sabe que a esquerda desejava implantar uma ditadura de esquerda. Quem afirma é Jacob Gorender. Diz ele no seu livro: "a luta armada começou a ser tentada pela esquerda em 1965 e desfechada em definitiva a partir de 1968". Na há, em nenhuma parte do mundo, luta armada em que se vão plantar rosas e é por essa razão que GORENDER afirma: "se quiser compreendê-la na perspectiva da sua história, A ESQUERDA deve assumir a violência que praticou". Violência gera violência.
     Castello, Costa e Silva, Médici, Geisel e João Figueiredo com seus erros e virtudes desenvolveram o País. Não vamos perder tempo com isso. A senhora é uma economista e sabe bem disso. Veio a ANISTIA. João Figueiredo dando murro na mesa e clamando que era para todos; e Ulisses não desejando que Brizolla, Arraes e outros pudessem tomar parte no novo processo eleitoral, para não lhe disputarem as chances de Poder. João bateu o pé e todos tiveram direito, pois "lugar de Brasileiro é no Brasil", como dizia. Não esquecer o terceiro choque sofrido pela a esquerda: Queda do Muro de Berlim, que até hoje a nossa esquerda não sabe desse fato histórico.
     Diretas já. Sarney, Collor com seu desastre, Itamar, FHC, LULA e chegamos aos dias atuais. Os Militares de Hoje, silentes, que não são responsáveis pelas desgraças que vivemos   agora, mas sempre aguardando a voz do Povo. Não houve no passado, nem há, nos dias de hoje, nenhum militar metido em roubo, compra de voto, CPI, dólar em cueca, mensalões ou mensalinhos. Não há nenhum Delúbio, Zé Dirceu, José Genoíno, e que tais. O que já se ouve, o que se escuta é o povo dizendo: SÓ OS MILITARES PODERÃO SALVAR A NAÇÃO. Pois àquela época da "ditadura" era que se era feliz e não se sabia...Mas os Militares de Hoje, como os de Ontem, não querem ditadura, pois são formados democratas.   E irão garantir a Lei e a Ordem, sempre que preciso.

    Os militares não irão às ruas sem o povo ao seu lado. OS MILITARES DE HOJE SÃO OS MESMOS QUE OS MILITARES DE ONTEM. A nossa desgraça é que políticos de hoje (olhe os PICARETAS do Lula!) - as exceções justificando a regra - são ainda piores do que os de ontem. São sem ética e sem moral, mas também despudorados. E o Brasil sofrendo, não por conta dos MILITARES, mas de ALGUNS POLÍTICOS   - uma corja de canalhas, que rasgam as leis e criam as desordens.
     Como sei que a senhora é uma democrata, espero que publique esta carta no local onde a senhora escreve os seus artigos, que os leio atenta e religiosamente, como se fossem uma Bíblia. Perfeitos no campo econômico, mas não muitos católicos ou evangélicos no campo político por uma razão muito simples: quando parece que a senhora tem o vírus de uma reacionária de esquerda.
 Atenciosa e respeitosamente,
GENERAL DE DIVISÃO REFORMADO DO EXÉRCITO FRANCISCO BATISTA TORRES DE MELO.
(Um militar de ontem, que respeita os militares de hoje, que pugnam pela Lei e a Ordem).

domingo, 27 de outubro de 2013

COMO FAÇO PARA VIVER NO BRASIL?

Não Sou: - Nem Negro, Nem Homossexual, Nem Índio, Nem Assaltante, Nem Guerrilheiro, Nem Invasor De Terras. Como faço para viver no Brasil nos dias atuais? Na verdade eu sou branco, honesto, professor, advogado, contribuinte, eleitor, hétero... E tudo isso para quê? 
Meu Nome é: Ives Gandra da Silva Martins* 
Hoje, tenho eu a impressão de que no Brasil o "cidadão comum e branco" é agressivamente discriminado pelas autoridades governamentais constituídas e pela legislação infraconstitucional, a favor de outros cidadãos, desde que eles sejam índios, afrodescendentes, sem terra, homossexuais ou se autodeclarem pertencentes a minorias submetidas a possíveis preconceitos. Assim é que, se um branco, um índio e um afrodescendente tiverem a mesma nota em um vestibular, ou seja, um pouco acima da linha de corte para ingresso nas Universidades e as vagas forem limitadas, o branco será excluído, de imediato, a favor de um deles! Em igualdade de condições, o branco hoje é um cidadão inferior e deve ser discriminado, apesar da Lei Maior (Carta Magna). 
Os índios, que pela Constituição (art. 231) só deveriam ter direito às terras que eles ocupassem em 05 de outubro de 1988, por lei infraconstitucional passaram a ter direito a terras que ocuparam no passado, e ponham passado nisso. Assim, menos de 450 mil índios brasileiros - não contando os argentinos, bolivianos, paraguaios, uruguaios que pretendem ser beneficiados também por tabela - passaram a ser donos de mais de 15% de todo o território nacional, enquanto os outros 195 milhões de habitantes dispõem apenas de 85% do restante dele. Nessa exegese equivocada da Lei Suprema, todos os brasileiros não-índios foram discriminados. 
Aos 'quilombolas', que deveriam ser apenas aqueles descendentes dos participantes de quilombos, e não todos os afrodescendentes, em geral, que vivem em torno daquelas antigas comunidades, tem sido destinada, também, parcela de território consideravelmente maior do que a Constituição Federal permite (art. 68 ADCT), em clara discriminação ao cidadão que não se enquadra nesse conceito. 
Os homossexuais obtiveram do Presidente Lula e da Ministra Dilma Roussef o direito de ter um Congresso e Seminários financiados por dinheiro público, para realçar as suas tendências - algo que um cidadão comum jamais conseguiria do Governo! 
Os invasores de terras, que matam, destroem e violentam, diariamente, a Constituição, vão passar a ter aposentadoria, num reconhecimento explícito de que este governo considera, mais que legítima, digamos justa e meritória, a conduta consistente em agredir o direito. 
Trata-se de clara discriminação em relação ao cidadão comum, desempregado, que não tem esse 'privilégio', simplesmente porque esse cumpre a lei.
Desertores, terroristas, assaltantes de bancos e assassinos que, no passado, participaram da guerrilha, garantem a seus descendentes polpudas indenizações, pagas pelos contribuintes brasileiros. Está, hoje, em torno de R$ 4 bilhões de reais o que é retirado dos pagadores de tributos para 'ressarcir' aqueles que resolveram pegar em armas contra o governo militar ou se disseram perseguidos. 
E são tantas as discriminações, que chegou a hora de se perguntar: de que vale o inciso IV, do art. 3º, da Lei Suprema? Como modesto professor, advogado, cidadão comum e além disso branco, sinto-me discriminado e cada vez com menos espaço nesta sociedade, em terra de castas e privilégios, deste governo. 
(*Ives Gandra da Silva Martins, é um renomado professor emérito das Universidades Mackenzie e UNIFMU e da Escola de Comando e Estado Maior do Exército Brasileiro e Presidente do Conselho de Estudos Jurídicos da Federação do Comércio do Estado de São Paulo). 
Para os que desconhecem o Inciso IV, do art. 3°, da Constituição Federal a que se refere o Dr. Ives Granda, eis sua íntegra: "Promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação."

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

BRINCANDO COM FOGO


Quem não está na linha de frente, não tem o direito de abrir a boca para cobrar resultados, principalmente se for estrangeiro. Quem não faz parte do processo deve controlar seus ímpetos e ser prudente ao emitir opiniões emocionais. 


Não é preciso lembrar nem cobrar das nossas FFAA que tenham a coragem, a dignidade, a honra e o patriotismo de salvar nosso país. Não se deve confundir a eventual "omissão" de três comandantes militares burocratas das Três Forças com os LÍDERES MILITARES DA ATIVA, totalmente invisíveis à mídia e à população. A Sociedade não os conhece. São anônimos. Vivem confinados em suas Bases Militares, comandando suas tropas, treinando seus efetivos, administrando seus parcos recursos e sofrendo tanto ou mais do que cada um de nós, que ama o Brasil. 

Os Militares vivem conosco este momento de incerteza nacional e sofrem tanto ou mais do que nós. Para os que não se lembram, Militar tem esposa civil. Tem filhos civis. Tem parentes e amigos civis. Os nossos Militares ganham pouco. Conhecem a realidade nacional com muito mais precisão do que nós, graças ao Serviço de Inteligência do Exército Brasileiro, que infiltra seus tentáculos em todo e qualquer movimento social. Temos uma das (poucas) melhores Forças Armadas do Planeta. Somos internacionalmente reconhecidos. Todos os anos, 4 cadetes da Academia West Point - N. Y., USA fazem estágio nas Agulhas Negras, e, 4 cadetes da AMAN, fazem estágio na West Point. 

Nossos generais combatentes (O General Enzo, atual Comandante do Exército, e que já deveria estar na reserva, não fosse o servilismo emprestado ao governo, é engenheiro e não combatente) são reconhecidos como sendo detentores de notória formação militar pelas FFAA dos USA e Rússia, por exemplo. Nossas Academias (Escola Naval, AFA e AMAN são consideradas ilhas de excelência em ensino militar no Mundo. Além disso, as FFAA, enquanto instituições, são perenes e transcendem às eventuais ideias contrárias de seus membros não alinhados com o Dever Constitucional. 

Portanto, não é necessário ofender, gritar, espernear, xingar, tampouco ficar lembrando aos LÍDERES MILITARES (INVISÍVEIS AO OLHO COMUM), suas atribuições, deveres e obrigações. 

Em primeiro lugar, militar não suporta ouvir choro. Em segundo lugar, não há mais o que se preparar. A Força sempre está preparada! Tudo é uma questão de tempo e melhor oportunidade. Entretanto, a questão é por demais complexa. Não estamos falando de se "fechar a boca de fumo da esquina", estamos falando de uma situação de extrema gravidade que demanda responsabilidade. 

Uma Guerra Civil pode demorar décadas para ser definida (se o for) e pode destruir uma Nação. Isto não é brincadeira de vídeo-game. Há dezenas de milhões de vidas humanas em risco. Mesmo assim, o dever constitucional jamais deixará de ser cumprido. Jamais! 

O "timing" dos civis" não é igual ao "timing" dos nossos LÍDERES MILITARES INVISÍVEIS DA ATIVA. É bom se prepararem, Amigos, pois o tranco vai ser forte! Quem não acreditar, que comece a orar! Ninguém perderá coisa alguma por esperar! (Joe Patriota)

sábado, 19 de outubro de 2013

ALGUMA DÚVIDA?

A mídia alternativa nunca foi um refúgio de excluídos e marginalizados: foi um pseudópodo lançado pela esquerda dominante desde a chefia dos grandes jornais, um instrumento auxiliar na longa luta dos comunistas brasileiros pelo domínio monopolístico dos canais de informação.

Ainda a propósito da chamada "imprensa nanica" dos tempos da ditadura, duas notas:  
1) Tão logo publicados os meus artigos sobre o assunto, a leitora Míriam Macedo teve a gentileza de me enviar uma cópia da tese "Preparados, leais e disciplinados: os jornalistas comunistas e a adaptação do modelo de jornalismo americano ao Brasil" (2007), dos pesquisadores Afonso de Albuquerque e Marco Antonio Roxo da Silva, ambos da Universidade Federal Fluminense (http://www.compos.org.br/files/22ecompos09_Albuquerque_Silva.pdf).
A tese confirma integralmente o que eu disse: nunca houve uma fronteira nítida, muito menos um abismo de diferença entre a "grande mídia" e a "imprensa alternativa" no período militar. 
A esquerda tinha poder de mando numa como na outra.
Numa revisão de praticamente toda a bibliografia publicada a respeito, os autores concluem: "Os comunistas tiveram uma presença significativa nos jornais desse período, tanto do ponto de vista quantitativo quanto qualitativo (cargos de chefia)." E não se tratava apenas de infiltrados individuais: o PCB atuava ali organizadamente, como centro de comando subterrâneo embutido na hierarquia formal das redações. 
A mídia alternativa nunca foi um refúgio de excluídos e marginalizados: foi um pseudópodo lançado pela esquerda dominante desde a chefia dos grandes jornais, um instrumento auxiliar na longa luta dos comunistas brasileiros pelo domínio monopolístico dos canais de informação, luta que hoje vai alcançando o seu ponto culminante como projeto fatídico do "Marco Regulatório das Comunicações", que virtualmente submeterá ao governo petista o controle das informações circulantes no País. 
A História, para os comunistas, nunca foi apenas um estudo erudito, mas um instrumento de ação política. A auto-idealização sentimental do velho jornalismo de esquerda não é, portanto, uma simples falsificação do passado: é a preparação do futuro império da falsidade.             
2) Não imaginem que, ao escrever meus dois artigos a respeito, eu tenha examinado as narrativas dos porta-vozes da velha "mídia alternativa" com malevolência de crítico azedo. Faltava-me qualquer motivo para isso, no mínimo porque fui eu mesmo um personagem daquela história, tendo colaborado com vários órgãos da imprensa então dita "nanica" e participado até mesmo do lance mais decisivo da série, cantado em prosa e verso nos longos depoimentos de Audálio Dantas, José Hamilton Ribeiro e Fernando Pacheco Jordão ao documentário do Instituto Vladimir Herzog.
Refiro-me à edição do célebre número 4 do jornal Unidade, do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, que denunciou pioneiramente o assassinato de Herzog e acabou por desencadear uma onda nacional de protestos contra o regime. 
A juventude dessas criaturas foi a minha. A diferença entre nós é que, ao chegar à maturidade, reexaminei minha vida com senso crítico em vez de me deixar estagnar na deleitação caquética de um mito corporativo, para não dizer de uma mentira deliberada, consciente, maquiavélica. 
Uma coisa que compreendi, e que essa gente não parece ter compreendido até hoje, é que nenhum ódio que tivéssemos ao regime autoritário brasileiro, por mais legítimo que fosse, poderia jamais justificar a cumplicidade da nossa geração de jornalistas com as ditaduras genocidas da URSS, da China, da Hungria, da Alemanha Oriental, do Vietnã, do Camboja, da Coreia ou de Cuba. E não se trata apenas de comparar, em abstrato, ditaduras com ditaduras. Vários desses governos davam orientação, ajuda e treinamento aos terroristas brasileiros, tornando-se portanto personagens ativos do drama nacional. 
Qualquer tentativa de isolar uma coisa da outra, de modo a fazer os comunistas brasileiros parecerem puras vítimas da violência alheia, sem culpa pelo que seus mandantes e parceiros faziam no mundo, falsifica por completo a realidade do quadro histórico. 
Quando lembro o tempo que despendi na sede do Sindicato, preparando aquela e outras edições do Unidade, nas ruas gritando slogans comunistas ou em casa escondendo fugitivos do regime, não me vejo como um herói, à maneira dos comovidos apologistas de si mesmos, nem como miniatura de herói, mas como um idiota útil, privado do senso das proporções, incapaz de medir a gravidade relativa dos males e entender que a ditadura brasileira, por execrável que fosse em si mesma, era um preço módico a pagar pela eliminação da ameaça comunista, cuja existência negávamos com cinismo exemplar ao mesmo tempo que nós mesmos a representávamos pessoalmente e tudo fazíamos para que ela se realizasse. 
"Éramos jovens", pode-se alegar. É, éramos mesmo, mas não somos mais. Não temos o direito de falsificar  toda a memória histórica de um país só para continuar dando a impressão de que éramos lindos. 
O simples fato de que essa operação-camuflagem assuma hoje o nome de "Comissão da Verdade" já mostra que o fingimento se tornou, entre os esquerdistas brasileiros, um estilo de vida.        

P. S. –
 Do ponto de vista da emocionada autolatria comunista, a expressão acima, "preço módico", soará cruel e escandalosa. Discutirei isso em artigo vindouro, mas desde já advirto: na política e na ciência que a estuda, a comparação da gravidade relativa dos males, da qual a esquerda nacional hoje foge como o diabo da cruz, é uma exigência incontornável e a base de quase todos os diagnósticos e decisões. Qualquer tentativa de evitá-la é pura hipocrisia e culto da ignorância politicamente conveniente.