quinta-feira, 30 de março de 2017

OS PSEUDOS PURISTAS E A LAMA QUE OS RODEIA

O camarada se lança candidato a um cargo político e já dispara: Políticos são ladrões, todos corruptos; um bando de criminosos que se aproveitam do povo!

O tal honesto, ganha a eleição e já se descobre que tinha conseguido um carguinho para a nova mulher (sim, sempre que ganham um novo cargo também arranjam mulher nova); o carguinho era no gabinete de um companheiro de sigla partidária, coisa que antes de ser eleito o purista nunca admitiria.

Eles começam dizendo que, se pudessem (!), se lançariam na política sem partido político, como se fossem os super-homens da honestidade; alguns gostariam de ser comparado as “virgo vestalis” romanas, tal a pureza que acreditam estar imbuídos.

Agora mais um vestal, que já tinha as calças sujas da lama politiqueira, escorrega no lodaçal da imundície que pavoneia àqueles que dizem que são o que não são.

Bateu na mulher e apresenta desculpas tão esfarrapadas que até sertanejo não consegue engolir.

Poderia pelo menos ter solicitado à mulher que criasse o benefício da dúvida, e a recompensasse por tal atitude benemerente.

De dois episódios semelhantes chego à conclusão que dupla sertaneja está mais afinada do que senador da ré-pública.

E o eleitor que crie vergonha do voto jogado na lama e faça um “mea culpa”, começando já no pleito de 2018 a limpeza necessária, expurgando dos cargos políticos homens sem conhecimento, sem formação, sem caráter, sem liderança; aproveitadores da boa fé do cidadão e enganadores da população.

Para ser um bom político não é suficiente ser conhecido do público por este ou aquele trabalho, ou amplamente ovacionado pela mídia; não basta a fama trazida por uma determinada profissão. É necessário altruísmo, engajamento, determinação, rigor, conhecimento jurídico e da ciência política; formação acadêmica para não falar e fazer bobagens; formação e atitude humana. Educação ética e moral, além de uma boa dose de “franciscanismo”, para acabar de vez com a “locupletação” e os nababescos desperdícios com o dinheiro público. 

A TAL DE JURISPRUDÊNCIA "AMIGAÇA"!

O mal da jurisprudência! 
O julgador interpreta monocraticamente e depois, baseando-se nessa interpretação, os demais a utilizam como verdade. 
"Impicharam" Dilma e não cassaram seus direitos!
A sorte, nesse caso do impedimento da ex-presidente, é que não foi produzida uma súmula. 
Agora o tal Benjamim, desconhecido ministro do STJ, vai pelo mesmo caminho ao relatar o processo de cassação da chapa Dilma/Temer. 
Mas poderia ter tido uma interpretação diferente, melhorando o julgamento "amigaço" de Levandowski ao não declarar Dilma com os direitos políticos suspensos. 
Que cassem, mas cassem tudo!

A POPULARIDADE DE BARBOSA E DE MORO NO IMAGINÁRIO POLITIQUEIRO

É por isso que temos os Parlamentos e os Executivos Estaduais e Municipais (além do Executivo Federal) eivados de aproveitadores de ocasião; o povo nada entende de política e vota no mais "famoso". A mídia determina quem é quem. 

É só lembrarmo-nos de Joaquim Barbosa antes do mensalão, criticado pela mídia como gazeador do serviço público e tornado herói porque cumpriu sua obrigação como relator de um processo que havia se tornado notório e famoso por conta de uma novela, embora verdadeira, bem encenada por Roberto Jefferson. 

Agora, desencadeada a corrida ao pleito presidencial de 2018, os ávidos pesquisadores o apresenta, juntamente com Sérgio Moro, como prováveis candidatos à suceder Temer.

Moro é um bom juiz, torná-lo político é um desserviço à Nação; Barbosa tem é que cuidar dos netos e o mesmo vale para Carmen Lúcia, também lembrada nos círculos de pesquisas aleatórias e convenientes que servem para preparar os sorrateiros políticos que já estão a postos.

São necessários novos políticos, que tenham conhecimento, liderança e formação; tem muita gente boa escondida na multidão!

Está na hora de apostar em gente nova, jovens, com garra e determinação, pois o futuro a eles pertence.

Deixemos essa mesmice política, de salvadores da pátria e heróis de ocasião para o passado, que pode nos ensinar como não fazer política.

DITADURA CONSOLIDADA: O verdadeiro golpe!

O Tribunal Supremo de Justiça destituiu a Assembleia Nacional da Venezuela ontem, quarta feira, dia 29-03-2017.

Apesar do Golpe nenhuma linha sobre o acontecimento foi publicada pela imprensa brasileira e os defensores do povo e indignados parlamentares brasileiros que apelidaram o impedimento da ex-presidente Dilma de "golpe" nada comentaram e nem mesmo se indignaram contra tal arbitrariedade. 

O que seria Golpe para tais falaciosos?

Com a maioria parlamentar contrária ao Presidente Nicolás Maduro o Tribunal Supremo de Justiça, controlado pelo "chavismo", decretou a perda da imunidade parlamentar somente dos deputados que se opõem ao governo, e que são maioria na destituída Assembleia Nacional (equivalente ao Congresso Nacional do Brasil); para compensar outorgou à Maduro plenos poderes, incluindo algumas atribuições especiais, como em questões de ordem penal, militar, econômica, social, política e civil.

Enquanto isso...

Aqui no Brasil, caladinhos, os democratas de arremedo se furtam a comentar, esclarecer ou noticiar o Golpe na frágil democracia Venezuelana, que já faleceu antes mesmo de ter existido, pois com Hugo Chaves não era diferente, apenas melhor maquiada.