quinta-feira, 12 de abril de 2012

O PAI DO TIRIRICA!

Quando Enéas Carneiro soube da irreversibilidade da sua doença e, como médico, da situação terminal em que se encontrava, resolveu matar o que tinha criado: O PRONA. Claro que para cria-lo necessitou do auxílio de vários outros abnegados companheiros de ocasião: alunos, colegas, admiradores, familiares e amigos; todos sem qualquer envolvimento com política partidária naquela época. Foi por isso que disseminou-se pela imprensa que o PRONA seria criação única de Enéas, o que não era verdade. 

Enéas foi o idealizador e, juntamente com os demais, foi criado o partido; numa época em que reunir correligionários não era tão fácil, nem internet existia. 

Enfim, o PRONA foi à lona também por determinação de Enéas que, reunindo-se com Costa Neto, do PL, articulou a criação do PR, juntando as duas siglas anteriores, PRONA e PL. 

A nova agremiação política seguiu seus primeiros meses um itinerário eleitoral proposto por Enéas que, por sua vez, ausentou-se deste mundo em seguida. Mas suas idéias ficaram no bolso de Costa Neto e a mais importante estava guardada a sete chaves para ser colocada em prática na proxima eleição. 

E assim foi feito. O PR sacou do bolso de Costa Neto sua arma secreta chamada Tiririca, a grande idéia deixada por Enéas e realizada pelo PR, um partido criado com o espólio do PRONA e sem qualquer semelhança com as idéias dos seus antigos fundadores que, um dia, simpatizaram com Enéas e juntaram ideologias para marcarem a história do Brasil como mais uma tentativa frustrada.

Para o bem da história, eis uma verdade que nunca seria contada.

Dictum et bene!

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