quinta-feira, 18 de abril de 2013

LEONEL DE MOURA BRIZOLA


São raras as pessoas que têm sua história contada; seu trajeto existencial relembrado; seus feitos enaltecidos, comentados e quiçá norte para muitos outros nesse nosso trânsito existencial.

Uma dessas raras pessoas, talvez uma das mais importantes personalidades da seara política da metade do século XX é, sem dúvida, Leonel de Moura Brizola. Político que acumulou em sua história de vida a luta teórica em busca de um socialismo híbrido e que foi, pela sua peculiaridade, apelidado de socialismo moreno. 


Brizola não conseguiu implantar todas suas idéias políticas, apesar de ter governado o Rio Grande do Sul e, por duas vezes, o Rio de Janeiro. Não conseguiria também, mesmo tivesse sido o Presidente da República brasileira. 

Complexa e multifacetada a política em nosso país ainda hoje não tem tido um percurso em que o desenvolvimento moral e a coerência ética estejam no topo das prioridades.

Seguramente Brizola foi herói de muita gente e de um ponto de vista subjetivo, dele ou de seus seguidores, cumpriu sua jornada existencial com êxito.

O relato escrito através de documentos, fotografias, livros, peculiaridades e toda uma série de recordações de uma vida que somou 82 anos está guardada em um depósito de móveis, em caixotes de papelão que mofam e apodrecem aguardando uma disputa judicial entre irmãos, sobrinhos e netos que ainda não sabem dar valor à memória histórica e disputam judicialmente a posse definitiva de um espólio, apelidado pelo próprio Brizola de baú, ainda sem saberem para quem irão vender ou para onde vai toda uma vida documentada e que certamente será necessária para contar uma parte da história política do Brasil.

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