sábado, 10 de setembro de 2011

TODA MOEDA TEM DOIS LADOS


No Brasil de hoje, comandado pelos petralhas, falar em ditadura é sinônimo de militarismo. Nada mais contraditório, uma vez que a ditadura que impera em nosso país é claramente política e exercida pelo partido que se impõe no poder utilizando os meios mais hediondos que é a esmola, a mentira e o roubo explícito dos cofres públicos para a compra de votos de parlamentares que sustentam esse banditismo com o apelido de base aliada.

O PT nunca se interessou com a Segurança Nacional; seus governantes querem a baderna, sinônimo da sua prática, tanto quando na oposição como no poder. Nosso país vive o momento mais perigoso da sua história, com bandidos soltos às ruas; assassinos extrangeiros procurados em seus países com salvo conduto liberado pelo governo petista; favelas em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, para citar as principais, desafiando a ordem e debochando das autoridades constituidas. O Exército Brasileiro sendo usado para fazer o serviço de polícia nos morros cariocas e sem o apoio necessário, numa claríssima armadilha para desmoralizar as forças armadas. Um absurdo!

Não vou me estender nessa análise; o texto que reproduzo abaixo, assinado pelo coronel da reserva Mario Luiz de Oliveira, um dos raríssimos oficiais do Exército Brasileiro que ainda têm a coragem e a determinação dos grandes homens oriundos da Aman e que um dia fizeram a história do país, mostra-nos com brilhantismo o lado da história que os petralhas não querem contar:

TODA MOEDA TEM DOIS LADOS

 "Toda moeda tem dois lados! Utilizamos o “cara e coroa” para identificar quando esse metal deixa de ser dinheiro e é transformado em instrumento da sorte. Ela é lançada para o alto e começa a girar na subida e na descida, dando um resultado imparcial. Nesse jogo, as chances de vitória são iguais para ambos os jogadores.

"No Brasil, nestes oito últimos anos, apenas um lado da moeda tem sido mostrado quanto ao período histórico de 31 de março de 1964 (A Contra-revolução) a 15 de março de 1985 (governo de José Sarney). Fala-se em ditadura militar, no endividamento do país… Em tortura, mortes e assassinatos… Na ausência dos Direitos Humanos…  Nas “românticas” lutas armada e guerrilha, a La Robin Hood tupiniquim… Porém, curiosamente a palavra terrorismo não é citada…

"As Forças Armadas, atendendo uma exigência da maioria do povo brasileiro, amplamente retratada na mídia daquela época, cumpriu sua missão constitucional de garantir os poderes constitucionais, a lei e a ordem. Por sua vez, o presidente João Goulart não vinha desempenhando seu papel, também constitucional, de responsável pela segurança interna do país, fato, também, claramente tornado público pela mesma mídia e vivenciado nos diversos rincões do Brasil, particularmente nos grandes centros políticos.

"Naqueles tempos, medidas de exceção tiveram que ser tomadas pelos governos militares. Porém, em nenhum momento houve a intenção da “perpetuação” no poder. O retorno à “normalidade” só não aconteceu mais cedo, principalmente por causa da radicalização das ações por parte de parcela da oposição. O Brasil foi governado por cinco generais, eleitos indiretamente, conforme os dispositivos legais vigentes, caracterizando o necessário rodízio na Presidência da República. Nenhum deles, todos já falecidos, ou de seus familiares enriqueceram da noite para o dia… Por sua vez, na “república monárquica cubana”, somente em 2008, Fidel Castro – no governo há quase meio século – na prática, transferiu para seu irmão Raúl, o cetro, a coroa e o título de proprietário da famosa ilha… Na verdade, trocou-se a ditadura de Fulgêncio Batista pela ditadura comunista da Dinastia Castro… Você já imaginou algo parecido acontecendo no Brasil recente?

"Em 1979, já no governo do Presidente Figueiredo, a Lei de Anistia preparou o país para o retorno à Democracia. O próprio presidente reconhecia esta situação ao afirmar que haveria de fazer deste país uma democracia. A anistia concedida foi ampla, geral e irrestrita, ou seja, para todos os envolvidos, quer agentes das forças legais, quer agentes da guerrilha. Abrangeu até mesmo o período anterior aos Governos Revolucionários, pois tinha vigência a partir de setembro de 1961. Algumas poucas pessoas e organizações tentam criar uma “confusão jurídica” sobre sua validade, bem como procuram tecer comparações com outros países, como se a realidade fosse a mesma, além de omitirem nesse rol de “outras ditaduras” Cuba e China, países agiotas da luta armada. Sobre este fato, já existe a decisão do Supremo Tribunal Federal.

"Na economia, os dois grandes choques do petróleo em 1973/1974 e 1979/1980, com graves repercussões aqui no Brasil, deixam de ser ressaltados. Imagine se o preço do barril do petróleo fosse multiplicado por quatro? Os três Planos Nacionais de Desenvolvimento (PND), elaborados e postos em prática a partir de 1972, criaram a infra-estrutura necessária para alavancar o desenvolvimento do Brasil. Retirando o aspecto eleitoreiro, os PAC 1 e 2 não lembram os PND?  Quantos apagões já ocorreram no Brasil no pós-1985? A nossa dívida interna já anda pela casa dos trilhões de reais?

"A afronta aos Direitos Humanos naquele período é freqüentemente evidenciada na mídia. Mas e agora?  A maioria dos brasileiros tem seus direitos básicos respeitados? As filas de pacientes e acidentados nos corredores dos hospitais públicos é uma mera ficção científica? Os baixos índices na educação, levantados por organismos internacionais, são na verdade uma conspiração de opositores?  Será preciso mais uma participação do capitão/coronel Nascimento nas telas dos cinemas para que o governo reduza ao mínimo possível o tráfico de drogas e a ação do crime organizado? A preocupação com criminosos e seus direitos é maior do que a segurança de milhões de brasileiros que vivem enclausurados em suas casas… Será que não está na hora do pessoal em Brasília, que trata dos Direitos Humanos, prestarem atenção e atuar nessas não tão novas demandas da sociedade?  Ou é mais importante ficar remoendo o passado, buscando uma compensação/revanche pela derrota no campo de batalha?

"O Bolsa Ditadura já custou mais de R$ 3 bilhões ao contribuinte brasileiro em pensões e compensações. O “benefício” foi concedido a mais de doze mil pessoas e cerca de mais sete mil estão “esperando a fila andar”. Ao lado delas, advogados que incentivam os pedidos de indenizações, recebendo comissões que vão de 10 a 30 por cento. As pensões variam entre 800 e 8.000 reais. Já as compensações podem ultrapassar a casa do milhão de reais. O próprio ex-presidente Lula e sua sucessora gozam desse privilégio. Impressiona, também, a velocidade e generosidade com que os pagamentos são decididos – ao contrário do que ocorre em aposentadorias comuns, pagamentos de precatórios e questões trabalhistas diversas. O humorista Millôr Fernandes foi um dos que recusaram o “benefício”, afirmando: “Quer dizer que aquilo não era ideologia, era investimento?” Se tem quase 20.000 pessoas no bolsa ditadura, quer dizer que 20.000 “inimigos do regime militar” sobreviveram àqueles anos de chumbo. Então, será que a ditadura militar foi tão truculenta como anunciado na mídia? Como estabelecer uma comparação entre os cerca de 420 mortos pela “repressão”, em 21 anos, e os quase 100.000 no “paraíso cubano da democracia”, em pouco mais de meio século?

"E quanto aos quase 120 agentes civis/militares que morreram no cumprimento da missão constitucional, combatendo as forças guerrilheiras e tiveram seus nomes apagados da História? Suas famílias não têm direito a indenizações milionárias, para elas, “bastam” as magras pensões deixadas por seus entes queridos… E o que resta para as pessoas inocentes colhidas no meio da violência dos terroristas…

"Em outra frente, surge a criação de uma Comissão da Verdade (CV), voltada apenas para atuar contra as forças legais que lutaram e venceram os guerrilheiros e terroristas. Explodir bombas em Recife e, principalmente, no saguão do aeroporto em pleno funcionamento, matando pessoas, é algo esquecido pela mídia… Assassinar pessoas, brasileiras ou estrangeiras, em plena rua, na frente de seus familiares, é algo que não aconteceu no Brasil… Seqüestrar autoridades diplomáticas estrangeiras, também não deve ter ocorrido por aqui… Torturar e assassinar a sangue frio membros das forças legais (ocultando seus cadáveres) e os próprios dissidentes da guerrilha é fantasia…

"Se o governo quer instaurar a CV, que ela seja justa e imparcial, ou seja, atue sobre todos os envolvidos no período! Forças legais, guerrilheiros e terroristas! Têm muita gente no governo que teria de explicar suas verdadeiras atividades na luta armada… Se os membros da CV forem realmente isentos, posar de vítima não servirá para esconder os crimes cometidos…

"A chegada ao poder pode ser feita por duas formas: pela lei vigente ou pela força. Para os guerrilheiros e terroristas, não existe a opção da via pacífica, democrática; somente a luta armada proporcionará a tomada do poder. No Brasil, isto ficou claro em 1960, quando dissidentes comunistas radicais adotaram a linha chinesa, que pregava a luta armada. Desde 1962, observem que dois anos antes da Revolução de 1964, em pleno governo de João Goulart, já havia começada a formação de uma força de guerrilha para atuar no Brasil. No início de 1964, em parceria com a China, militantes tiveram os primeiros treinamentos operacionais naquele país. Claro está que a guerrilha não foi uma resposta “da democracia” contra a “ditadura militar”, pois os primeiros passos para a sua iniciação em território brasileiro já haviam sido dados bem antes daquele  31 de março de 1964. Na campanha eleitoral do ano passado, participantes da luta armada confirmaram, em depoimento, as verdadeiras intenções da guerrilha: tomar o poder no Brasil, pela força.

"Outra verdade é que não se pode avaliar os fatos ocorridos no período dos governos revolucionários de 1964 com a visão atual. A realidade é bem diferente! Hoje, a subversão da ordem pública ainda não está em um estado avançado. Os Poderes Constitucionais estão consolidados, apesar de suas imperfeições e dos erros propositais ou não de seus membros e dirigentes. No momento, não há grandes riscos para a manutenção da Normalidade Institucional, apesar dos graves problemas estruturais do país. O Brasil vai seguindo em frente, apesar da estratégia do “pão e circo”, nunca na história deste país tão generosamente distribuído em larga escala…

"A Internet é uma poderosa arma para adquirir o conhecimento. Não é a toa que nas atuais ditaduras, inclusive a daquela ilha, seu acesso para fins particulares é bastante limitado ou até mesmo proibido. Existem diversos sites e publicações que abordam o tema por diversos ângulos. Busque, procure e leia as versões existentes…

"Estabeleça o seu valor de juízo…

"Lembre-se, a moeda tem dois lados…"

(Mario Luiz de Oliveira, coronel da reserva do Exército Brasileiro)

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