sexta-feira, 24 de junho de 2011

PASSEADEIROS

Marchas, passeatas, caminhadas, protestos e uma série de outros títulos para designar os aglomerados de pessoas que saem às ruas para a coerção. O termo é exatamente este: coerção, e não coação; pois através de tumultos coercitivos querem impor à sociedade formas de comportamento, padrões, normas e até atitudes, as mais subjetivas possíveis.

Pois esses "passeadeiros" estão tendo sucesso. Mais e mais pessoas que nada têm a fazer de mais útil na vida, incautos, "teleguiados" e outros mais somam-se para através do tumulto e do grito impor padrões de comportamento numa sociedade prestes a sucumbir pela lei da histeria coletiva.

Políticos acovardam-se, pois covardes sempre foram; cidadãos de bem calam-se, por não quererem confrontos; jornais e TVs aproveitam, pois sobrevivem do sensacionalismo popularesco.

No Brasil o palco maior concentrou-se na avenida Paulista, em São Paulo. É lá o aglomerado constante dos alaridos multicoloridos em prol disso ou daquilo. Desfile carnavalesco de opiniões bizarras de bizarras figuras que se concentram sem saber definir seus porquês. Uma celeuma que custará à história uma explicação sobre esse nosso tempo.

Não bastasse o vozerio imposto e inconveniente nossos ouvidos são massacrados pelas manchetes televisivas a contar e recontar o número dos adeptos que impulsionam mídia e governo a fazer do grito a lei futura. Sim, pois mídia hoje é sinonimo de coerção à governantes e legisladores. Uma simples adesão da mais popularesca TV do Brasil é ordem para políticos reféns arvorarem um congresso capenga e votar seja lá o que for pela vontade imposta, apelidada de "vontade do povo".

Triste realidade que o futuro irá cobrar.

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