sexta-feira, 1 de julho de 2011

IDIOTAS

O discurso do ministro Nelson Jobim no dia do aniversário de FHC foi um amontoado de recados subjetivos, hermêticos, envolto em uma fumaça que não é a do bom direito. Serviram, os recados, para colocar interrogações nas cabecinhas pouco acostumadas a pensar daqueles que se equilibram no poder em função de uma tal de ficha de filiação partidária; ficha essa que tem dado garantia de cargos, benesses e muito dinheiro à incompetentes e parasitas.  

Certamente Jobim está deixando o Ministério da Defesa, fosse outra coisa não teria chamado a presidente da república de idiota. Claro, de uma forma velada, mas chamou. Mais ético teria sido o pedido de demissão, simplesmente; mas, pelo que parece, o ministro insatisfeito quer gozar ainda do pouco que lhe resta de poder e, contando com a sorte, esperar que as cabecinhas pouco acostumadas a pensar não se dêm conta daquele recado mal educado, anti-ético e totalmente em desconformidade com a postura que deveria ter um ex-ministro do STJ.

Entretanto, não podemos esquecer que Nelson Jobim, em que pese ter sido ministro da mais alta corte do país, seu presidente e ainda ministro da defesa, nada mais é do que um político que se acotuvelou no poder por conta de coleguismo ideológico. Para quem não sabe, os  ministros do STJ são indicações políticas feita pelo Presidente da República, coisa parecida com apadrinhamento, e a única exigência é que o indicado tenha formação jurídica.

Pois, em agradecimento às muitas indicações políticas que teve por parte do aniversariante o ministro, que em breve será ex, disse tratar-se de um monólogo pró-FHC, e arrematou: "O que se percebe hoje, Fernando, é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento”.

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