sábado, 1 de setembro de 2012

FORÇAS ARMADAS: Depreciadas e mal pagas...


Até quando?
 
O congelamento salarial dos militares, com o consequente esvaziamento dos quadros funcionais para outras carreiras públicas, antes de ser mera medida de "contenção de gastos”, “prudência orçamentária” ou "ajuste fiscal", revela-se na verdade como uma forma perniciosa, lenta e gradual do Executivo Federal de enfraquecer, sucatear e desmoralizar a instituição, que por dever de ofício em cumprimento a norma constitucional, não se submete à vontade política de indivíduos, autoridades, ideologias, partidos políticos, interesses pessoais ou transnacionais.
 
A autonomia administrativa, orçamentária e financeira das Forças Armadas, deve ser assegurada na Constituição Federal como forma de garantir, que os meios necessários ao funcionamento dessa instituição, não fiquem refém de ideologias, partidos políticos ou condicionados à vontade única do Poder Executivo; preservando-lhes a independência, um dos alicerces do regime democrático.
 
O Poder Executivo, porém, desrespeitou a Constituição ao longo de onze anos, e demonstra que irá fazer o mesmo no corrente ano, apesar dos gastos públicos com o funcionalismo federal estarem abaixo dos limites fixados na Lei de Responsabilidade Fiscal e, haver recursos disponíveis. O desrespeito a estas garantias republicanas remonta às práticas mais espúrias e vis dos regimes ditatoriais, nos quais, as instituições democráticas existentes submetem-se à vontade exclusiva de uma só pessoa, um grupo ou um partido político.
 
Diante deste quadro, resta apenas uma pergunta: a quem interessa Forças Armadas enfraquecidas?
 
 
Na busca pelos seus direitos, aos militares das Forças Armadas não é permitido o recurso democrático da greve, nem a sindicalização.
Sob o império de regulamentos rígidos e disciplina vigorosa, a família militar fica refém da boa, ou má vontade do governo, em conceder uma remuneração justa. Nos últimos onze anos os governos dissociados das causas militares, desrespeitando a Lei Maior, têm demonstrado uma perniciosa má vontade de revisar os soldos, visando atender as prementes necessidades da classe. O desespero levou um grupo de militares à inédita ação democrática de, através Petição Pública direcionada ao senado federal, solicitar que aquela casa promovesse um debate com o governo, no sentido de recompor a histórica perda nos soldos. A intenção foi boa, a lamentar foi o “erro de figura”; os atuais políticos não estão compromissados com a Pátria, com o Povo nem com as FFAA, (salvo honrosas exceções). A casa como um todo sequer se pronunciou.
 
Cônscio de que algo tem que ser feito, no sentido de constranger o governo a cumprir a lei que regula a revisão nos soldos militares, eu Sarides Ferreira de Freitas, 2º sargento reformado do exército, criei uma Petição AVAAZ: http://www.avaaz.org/po/petition/Revisao_nos_Soldos_das_Forcas_Armadas/?ccWihdb ,  instituição com idoneidade internacional, destinada ao Ministério do Planejamento, para que este cumpra os ritos internos, que possibilitem a inclusão de verba no Orçamento Geral da União de 2013, visando o cumprimento da lei 10.331, de 18 de dezembro de 2001.
 
Abandonados pela classe política, desamparado pela lei, sem apoio da grande mídia, depreciados pela presidente, nós militares estamos órfãos, sem arrimo. Resta-nos o último recurso democrático e, talvez, se o obtivermos, o mais eficaz contra os que desrespeitam a lei: A Opinião Pública. Assim sendo, no dia 24 próximo, será entregue ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, a Petição com mais de dez mil assinaturas colhidas. Este ato simbólico só surtirá o efeito desejado, se houver uma massiva divulgação por todos os meios possíveis, contamos com a ajuda de todos os Patriotas.
 
Quero neste momento agradecer a todos que anonimamente ajudaram esta campanha, e, meu especial reconhecimento aos voluntariosos companheiros: Altevir, Ferri, Gilberto e Ricardo, que apesar da distância, me apoiaram exaustivamente ao longo destes 85 dias: reafirmo, sem a prestimosa ajuda de todos, nosso pleito não lograria êxito. Concito-os a se manterem fiéis aos princípios que os guiaram até aqui.
 
Aos amigos portadores de meios de divulgação, formadores de opinião, um apelo: Não dêem as costas aos que, por dever de ofício, jamais faltarão ao juramento de defender a Pátria, com o sacrifício da própria vida. Rogo! Divulguem nossa causa!
 
Acreditando que este ato dará início a outros, coloco-me sempre ao inteiro dispor,
Pelo Brasil Verde, Amarelo, Azul e Branco.  Sarides Ferreira de Freitas.
 
PS: Aos apoiadores, peço, reservem um espaço para divulgar-nos no próximo dia 24. Obrigado!
Contato: 21 – 79785026

Assine a Petição AVAAZ aqui:

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