quarta-feira, 5 de setembro de 2012

SURPRESAS E MESMISSES

Celso Russomano, o desafeto de Paulo Maluf, continua liderando a pesquisa para Prefeitura de São Paulo. Com 34% das intenções de voto, está à frente de José Serra, 21%, seu único concorrente até agora.

No PP, Partido Progressista, sempre enfrentou discordias com seu antigo patrão, o atual dono, infelizmente, da sigla que um dia foi a mais importante do País. Paulo Maluf transformou o PP em adendo do poder; seja quem for o mandatário, e esfacelou um grupo que antes desta catástrofe tinha políticos de valor para disputar cargos, inclusive, no executivo.

A surpresa destas eleições está sendo Russomano, o resto é a mesmisse de sempre. Alojado agora no PRB, têm à sua disposição a máquina da igreja dos "bispos televisivos" e isto, num país de analfabetos políticos, conta muitíssimo.

Eu não desejo sorte a nenhum político, nem mesmo àqueles que foram meus colegas no Congresso Nacional; o que desejo é que cada vez mais o povo receba àquilo que merece pois é através do voto desse mesmo povo que a nação caminha perigosamente em direção ao caos.

Se é para  quebrar o País, que seja logo, pois o definhamento é muito mais doloroso.

Um lembrete para àqueles que nunca lembram em quem votaram nas últimas eleições:

OS GENERAIS PRESIDENTES 

Uma evidência salta aos olhos...

Castelo Branco,
quando morreu, num desastre de avião, verificaram os herdeiros que seu patrimônio limitava-se a um apartamento em Ipanema e umas poucas ações de empresas públicas e privadas.

Costa e Silva,
acometido por um derrame cerebral, recebeu de favor o privilégio de permanecer até o desenlace no palácio das Laranjeiras, deixando para a viúva a pensão de marechal e um apartamento em construção, em Copacabana.

Garrastazu Médici,
dispunha, como herança de família, de uma fazenda de gado em Bagé, mas quando adoeceu, precisou ser tratado no Hospital da Aeronáutica, no Galeão.

Ernesto Geisel,
antes de assumir a presidência da República, comprou o Sítio dos Cinamonos, em Teresópolis, que a filha vendeu para poder manter-se no apartamento de três quartos e sala, no Rio.

João Figueiredo,
depois de deixar o poder, não aguentou as despesas do Sítio do Dragão, em Petrópolis, vendendo primeiro os cavalos e depois a propriedade. Sua viúva, recentemente falecida, deixou um apartamento em São Conrado que os filhos depois colocaram à venda, ao que parece em estado lamentável de conservação.

Bem diferente dos tempos atuais.

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