quarta-feira, 19 de setembro de 2012

FUMAÇA DO BOM DIREITO

Segue a rotina dos julgamentos no STF e o Ministro Joaquim Barbosa está defenestrando a bandidagem da política. Hoje foi a vez de Costa Neto e o ex-bispo Rodrigues sentirem o mêdo de pagar pelos erros do passado não muito distante. Esses mensaleiros, que amealharam milhões e eram, à epoca, os grandes mandões no Congresso, além de participarem do altíssimo clero, também desdenhavam os parlamentares que, pejorativamente, eram chamados membros do baixo clero. Foram eles que, quando perderam a Presidência da Câmara dos Deputados para um membro do baixo clero, Severino Cavalcante, armaram aquela arapuca de mensalinho, com o puxa-saco do dono do restaurante, que acreditava seria eleito deputado posteriormente, e obrigaram Severino a renunciar ao cargo e ao mandato.

Para tristeza desses impostores Severino Cavalcante hoje é Prefeito da sua cidade, e nada deve à justiça. Não sou cabo eleitoral de Severino e tampouco tenho procuração sua para fazer essa defesa, mas um pouquinho de verdade, embora coberta pelas calúnias daquela ocasião, não faz mal a ninguém.

O Ministro Joaquim Barbosa deu várias cochiladas no plenário em outros julgamentos mas nunca dormiu em cima de um processo e, agora, como relator, está mostrando que muitas horas de sono foram desperdiçadas para que esse trabalho árduo e de grande utilidade para a nação tivesse o rigor necessário que se quer em um julgamento dessa natureza.

A necessidade de se apurar, com rigor, a verdade, parece que está voltando aos tribunais; o que se quer é julgamentos que condenem os larápios e de uma vez por todas retire dessa fila perniciosa os inocentes, que lá foram jogados por conta das mentiras, das armações covardes, através de calúnias infames e ardilosas desses mesmos bandidos que ora estão sendo condenados.

Em outros processos, arrastando-se pelos tribunais brasileiros, vários inocentes, vítimas da difamação e da armação política, aguardam com ansiedade que a verdade venha à tona, para que possam ter de volta a tranqüilidade que lhes é devida.

Não tenho dúvidas que outros juristas como Joaquim Barbosa estão espalhados pelos tribunais brasileiros; tenho esperança que esses homens, competentes na sua profissão de julgador, busquem somente a verdade, fugindo aos holofotes da fama e do alardeamento jornalístico que maculam a imagem da justiça.

Que espalhe-se pelos tribunais do Brasil a fumaça do bom direito!

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